O buraco na estrato de ozônio, que aparece anualmente na região da Antártida, diminuiu em 2024, conforme apontam dados da Escritório Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) e da Gestão Oceânica e Atmosférica Pátrio dos Estados Unidos (Noaa). Mas isso não quer expressar que estamos em um bom patamar: o buraco ainda tem tamanho médio mensal equivalente a 20 milhões de quilômetros quadrados, quase três vezes o tamanho dos EUA.
De concordância com as instituições norte-americanas, o buraco que se abriu oriente ano é consideravelmente menor que em anos anteriores e o sétimo menor desde o início da recuperação, em 1992, quando o Protocolo de Montreal (1987), concordância internacional para varar gradualmente os produtos químicos que destroem a estrato de ozônio, começou a fazer efeito. Considerando todo o histórico de medições do ozônio na Antártida, desde 1979, foi o 20º menor buraco já destapado.
A maior extensão atingida neste ano foi em 28 de setembro, quando o buraco chegou a 22,4 milhões de quilômetros quadrados. “O buraco antártico de 2024 é menor do que os buracos de ozônio vistos no início dos anos 2000”, disse Paul Newman, líder da equipe de pesquisa de ozônio da Nasa, em uma publicação feita pela Noaa.
“Para 2024, podemos ver que a seriedade do buraco na estrato de ozônio está inferior da média em conferência com outros anos das últimas três décadas, mas a estrato de ozônio ainda está longe de estar totalmente curada”, afirmou Stephen Montzka, investigador sénior do Laboratório de Monitorização Global da Noaa.
“A melhoria gradual que temos visto nas últimas duas décadas mostra que os esforços internacionais que reduziram os produtos químicos que destroem a estrato de ozônio estão funcionando”, diz Newman. A Noaa atribui a melhoria deste ano, especificamente, ao declínio da liberação de clorofluorcarbonos, produtos químicos que destroem a estrato de ozono eliminados pelo Protocolo de Montreal.
São exemplos de produtos que liberam clorofluorcarbonos, segundo a Noaa: refrigeradores, aparelhos de ar condicionado, cosméticos em aerossóis e tintas em spray.
Aliás, os cientistas afirmam que foram surpreendidos recentemente com uma infusão inesperada de ozônio na região onde o buraco se abre. O gás teria sido transportado pelas correntes de ar do setentrião da Antártida.
Concentração de ozônio aumentou, mas ainda muito inferior do ideal
“Os pesquisadores contam com uma combinação de sistemas para monitorar a estrato de ozônio. Eles incluem instrumentos do satélite Aura da Nasa e dos satélites de trajectória polar da Noaa: os satélites Noaa-20 e Noaa-21 e o satélite Suomi National Polar-orbiting Partnership, operado em conjunto pela Noaa e pela Nasa”, informa a Noaa sobre o monitoramento que vem sendo realizado.
Além do monitoramento do buraco via satélite, os cientistas da Noaa também lançam ao espaço balões meteorológicos para observar as concentrações de ozônio na região da Antártida em uma mensuração chamada Dobson Units (ou unidades Dobson, em português).
A concentração de 2024 atingiu o valor mais plebeu, de 109 unidades Dobson, em 5 de outubro. O valor mais plebeu já registrado no Polo Sul foi de 92 unidades Dobson, em outubro de 2006.
“Isso está muito inferior das 225 unidades Dobson típicas da cobertura de ozônio supra da Antártida em 1979”, disse o químico pesquisador da NOAA, Bryan Johnson. “Portanto, ainda há um longo caminho a percorrer antes que o ozônio atmosférico volte aos níveis anteriores ao chegada da poluição generalizada por CFC.”
Qual a previsão para que a estrato de ozônio se feche completamente?
Considerando os resultados medidos desde o Protocolo de Montreal, a previsão da Nasa e da Noaa para que a estrato de ozônio se feche completamente – tanto no polo sul, quanto no polo setentrião, que são os locais onde os buracos se abrem, já que o indiferente facilita a transformação química dos elementos que reagem com o ozônio -, é 2066.
A estrato, que fica no cimalha da atmosfera terrestre, atua porquê um “protetor solar planetário”, ajudando a proteger os seres humanos, os animais e as vegetações da radiação ultravioleta (UV), capaz de provocar doenças porquê cancro de pele e catarata, além de prejudicar produções agrícolas, danificar vegetação aquáticas e adoecer animais em ecossistemas vitais para a Terreno.
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