Em seguida seguir o GP de São Paulo de Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos, no termo de semana, Gabriel Bortoleto mostrou crédito em obter uma vaga no grid em 2025 ou 2026. Sem dar detalhes sobre negociações, o jovem brasílico disse estar satisfeito com os resultados que vêm conquistando nos últimos dois anos.
“Se Deus quiser, no ano que vem ou daqui a dois anos. Esse é o meu objetivo, mas depende de outras coisas, dos chefões das equipes me contratarem. Estou tentando mostrar o meu trabalho na pista, mas acho que, com os resultados que estamos tendo, vai sobrevir”, disse o piloto em entrevista ao programa The Noite, do meato SBT.
Bortoleto é especulado na Sauber-Audi para a temporada 2025. A equipe tem um assento vago para o próximo campeonato e vem fazendo mistério sobre sua decisão final, faltando três etapas para o termo da temporada. O experiente finlandês Valtteri Bottas é o principal rival do brasílico na disputa pela vaga na Sauber. Há ainda outra vaga disponível, na equipe RB, esta com menos chances para Bortoleto.
De contrato com o site Motorsport.com, já há um acerto entre o brasílico e a Sauber. As partes, porém, não confirmam e nem negam o contrato. O piloto de 20 anos, se confirmado no grid, encerrará um jejum de sete anos sem um representante do Brasil porquê piloto titular na F-1.
Na mesma entrevista, Bortoleto contou sobre seu início no automobilismo. O brasílico foi vencedor da Fórmula 3 no ano pretérito e é o líder atualmente da Fórmula 2. “Comecei no automobilismo quando tinha seis anos, nos kartódromos da Granja, Lugarejo da Serra e Interlagos. Quando comecei, não tínhamos (família) uma exigência financeira muito boa. Meu pai criou uma empresa de telecomunicações que, na estação em que comecei no kart, era muito pequena. Não tínhamos condições de remunerar tudo”, lembrou.
Bortoleto revelou que se mudou para a Europa com exclusivamente 11 anos, e sem avisar sua mãe. “Ela não iria me deixar ir. Sempre foi muito apegada. Portanto, meu pai disse: ‘Daqui a um mês, vocês vão pegar um voo, e eu só vou relatar que você não vai voltar quando já estiver lá’. Quando chegamos, ele disse: ‘Aluguei uma lar pequena, e eles vão permanecer direto’. Minha mãe ficou um mês sem falar com meu pai. Quase deu término de matrimónio”, contou.
Ele também disse que seu irmão chegou a sonhar com a curso de piloto, mas desistiu porque a família não tinha condições de bancar duas carreiras no automobilismo. “Meu pai adorava (F-1), sempre acompanhou o Senna. Ele vem de uma exigência muito simples, logo nunca pôde competir, mas sempre foi uma paixão dele. Meu irmão, seis anos mais velho do que eu, começou a competir antes e foi até os 16 anos. Mas teve que parar porque ele não tinha condições de manter os dois ao mesmo tempo”, declarou.
“Acho que ele (irmão) entendeu que não conseguiria chegar à Fórmula 1, até por ter começado mais tarde do que eu, com 12 anos. Eu já estava ganhando nas categorias de base do automobilismo europeu e ele disse: ‘Deixa o meu irmão’. Ele decidiu parar para que eu pudesse continuar”, afirmou.