O consórcio Aposta Vencedora, liderado pela portuguesa SAV Participações, arrematou a licença da Loteria paulista, leiloada nesta sexta-feira, 1º, na sede da B3, em São Paulo. Em uma disputa acirrada, a oferta vencedora foi de R$ 600 milhões, um juro de 130,15% em relação ao lance mínimo estabelecido, de R$ 260,7 milhões.
Com a licença, o governo do Estado de São Paulo estima recolher R$ 3,4 bilhões aos cofres públicos, em um prazo de licença de 15 anos, que serão investidos na superfície da saúde.
O consórcio português derrotou o Consórcio SP Loterias, liderado pela IGT Global Services Limited, grupo italiano com ações negociadas na Bolsa de Valores de Novidade York, que já opera a loteria estadual de Minas Gerais.
Disputa
A disputa já começou com ágios elevados. A primeira oferta do Consórcio SP Loterias era 86,63% maior do que o lance mínimo estipulado pelo governo. A Aposta Vencedora, que depois se consagrou uma vez que ganhadora, saiu detrás, com um juro de 78,36%, mas conseguiu volver durante a disputa a viva-voz – modalidade em que as ofertas são feitas verbalmente.
A empresa vencedora poderá explorar o serviço de loterias de maneira física ou virtual, assim uma vez que nas modalidades de prognósticos (específico, esportivo, numérico e passiva) e loteria instantânea (uma vez que uma “raspadinha”, por exemplo). A decisão dos modelos será da própria concessionária.
O projeto estabelece 31 unidades exclusivas e mais de 11 milénio pontos não exclusivos para as lotéricas em todo o território paulista.
O torneio de ontem faz secção da “maratona” de leilões promovida pelo governo de São Paulo até o término do ano, que prevê atrair investimentos de tapume de R$ 20 bilhões. Já foram concedidos o primeiro lote de escolas (na terça-feira) e a Rota Sorocabana (na quarta-feira). A disputa pela licença rodoviária da Novidade Raposo, em 28 de novembro, encerrará a agenda.
Mecanismos de controle
A licença da Loteria Estadual de SP exige o desenvolvimento de um projecto de conformidade para prevenção à lavagem de moeda e outras más condutas nas apostas. Prevê também mecanismos de controle. Entre eles, uma forma de autoexclusão para os usuários.
“Isso significa que, se uma pessoa informar no site que não quer jogar por 30 dias, o portal fica bloqueado para o perfil durante esse período”, explica o presidente da Companhia Paulista de Parcerias (CPP), Edgard Benozatti Neto.
Vício
Aliás, a concessionária deverá apresentar programas de proteção e auxílio a pessoas vulneráveis aos jogos e suas famílias, assim uma vez que produzir materiais publicitários sobre os riscos do vício para consumidores.
O contrato prevê ainda que a empresa impeça a obtenção de produtos por crianças e adolescentes. Os pontos de vendas físicos deverão estar a uma intervalo de pelo menos 300 metros de creches ou unidades de ensino capital e fundamental.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.