SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Antes dos holofotes e da renome, Luciano Szafir já era e praticante de reflexão. Desde a puerícia, o ator e ex-modelo usa a prática milenar para mourejar com os maiores desafios que a vida lhe impôs, porquê aconteceu com as internações por Covid-19.
“Faz uma grande diferença. Na minha vida de mais de 150 dias de hospital, se eu não tivesse a reflexão já comigo, ia ser muito mais difícil”, diz ele ao F5. Agora, ele explica suas técnicas de respiração no documentário “Ser Feliz por Nenhum Motivo”, do qual também participam outras personalidades adeptas da prática, porquê Angélica, Juliana Paes, Fernanda Lima e Monja Cohen.
“Poucas são as pessoas que não têm impaciência hoje. Todo mundo devia parar no meio do dia para meditar. É que não é cultural nosso”, lamenta. O ator é amparado por estatísticas: o Brasil ocupa o posto de segundo país mais ansioso do mundo. Segundo o Ministério da Saúde, muro de 9,3% da população é afetada pela requisito.
Szafir conta que sempre teve um fascínio muito grande pela cultura oriental, criado principalmente devido à prática de artes marciais ainda na puerícia: “Sem querer, eu medido desde garoto”. “Meus pais me botaram no judô quando eu era pequeno, com 4, 5 anos”, lembra. “Quando acabava o treino, a gente tinha que sentar com as pernas cruzadas e fechar os olhos, para a respiração voltar.”
O mesmo aconteceu com o jiu-jitsu, que ele começou a praticar aos 10 anos. Depois, aos 20, veio o ioga. E, assim, a reflexão virou um hábito quotidiano em sua vida. “Pratico todos os dias. Pelo menos cinco minutos por dia”, conta.
O pai de Sasha explica que a reflexão o ajuda em momentos difíceis, já que a ação de se concentrar na respiração o tira daquela verdade. “A reflexão te faz viajar, te leva para outro lugar. Portanto, quando eu estava muito entediado ou muito mal-humorado, ou com zero gratidão, ou com muita dor, eu puxava a respiração”, diz ele sobre o período em que ficou hospitalizado.
Em sua avaliação, a reflexão faz muito para o físico e para a mente: “À medida que você acerta a sua cabeça, maquinalmente você tem mais pujança”. Orgulhoso, ele também conta que seus filhos, David, 11, e Mikael, 9, frutos do casório com Luhanna Melloni, também já meditam.
Os benefícios também se estendem ao trabalho porquê ator. Szafir conta que precisou usar suas técnicas em uma novidade instigante: seu primeiro filme internacional. “Fiz um filme grande. Eu nunca tinha feito uma produção desse tamanho. Fiz um teste no Brasil, passei, fiz um segundo teste, passei de novo e fui viajar e fiz esse filme na Austrália”, afirma o ator.
Ele diz que se viu bastante nervoso em meio a tantas pessoas novas. “Estudei bastante, mas mesmo assim dá aquela adrenalina. Eu usei bastante [a meditação]. Eu cheguei lá, demorei cinco dias para filmar. Esses cinco dias pareciam uma perpetuidade. Caramba, e amanhã? Será que vou conseguir? Nesses momentos, a gente tem que dar aquela respirada e seguir adiante”, afirma.
Por ser aderente desde a puerícia, ele nunca se importou com o preconceito que caminha com as práticas que não fazem segmento da cultura brasileira. O ator teve que mourejar com críticas quando revelou estar usando cannabis medicinal para o tratamento de crises do pânico e insônia.
“Eu não sabor de droga. Não é droga. Tanto que eu deixo bastante simples: procure seu médico”, diz ele, que usa canabidiol (CBD), um dos produtos derivados da Cannabis sativa e que não apresenta efeitos psicoativos. “Eu fiquei quase três anos usando tarja preta e não conseguia largar de jeito nenhum. Foi graças à cannabis [que eu larguei]”, conta.
“Nunca tinha tido uma crise de pânico. Quando tive, nossa senhora, foi uma crise muito possante. Tive umas três vezes muito possante. Depois, tive outras mais fracas, que eu consegui controlar com medicação. Mas é horroroso”, acrescenta.
O documentário Ser Feliz por Nenhum Motivo está em produção e tem previsão de estreia nos cinemas e, posteriormente, no streaming Aquarius em 2025.