Petrobras aprova R$ 3,5 bilhões para retomar obras em fábrica de fertilizantes em MS

NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O juízo de governo da Petrobras aprovou a retomada das obras da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, paralisadas desde 2015, em seguida a invenção do esquema de depravação investigado pela Operação Lava Jato.

 

O projeto será incluído no novo projecto de negócios da empresa, que será divulgado em novembro. A desenlace das obras custará R$ 3,5 bilhões, disse a estatal.

A decisão pelo investimento teve votos contrários de dois conselheiros independentes, Marcelo Gasparino e Francisco Petros. Antes de sua paralisação, o projeto já havia consumido R$ 3,9 bilhões.

A retomada das operações em fertilizantes é uma das missões dadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidente da estatal, Magda Chambriard. A empresa já aprovou neste ano a reabertura da Ansa (Araucária Nitrogenados SA) no Paraná.

Em nota, a Petrobras afirmou que “a decisão é fundamentada em criteriosa reavaliação do projeto que, à luz das premissas do Projecto Estratégico 2024-2028, teve sua atratividade econômica confirmada para essa temporada nos diferentes cenários previstos”.

“A avaliação técnico-econômica confirmou viabilidade da vegetal”, disse em entrevista na noite de sexta-feira (25) o gerente universal de Programas de Investimentos da estatal, Wilson Guilherme Silva, completando que essa estudo não considerou qualquer tipo de subvenção ao preço do gás originário.

“Isso nos dá segurança para iniciar temporada de contratação, receber as propostas e com as propostas na mão, sentenciar pela obra”, prosseguiu. As licitações devem ser lançadas em novembro. Com as propostas nas mãos, a Petrobras vai refazer a avaliação econômico-financeira até o primeiro semestre de 2025.

“As contratações passarão por todas as análises necessárias, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”, afirmou a empresa. A previsão é que as obras gerem oito milénio empregos diretos e indiretos. Na operação, serão tapume de 600.

A fábrica tem capacidade para produzir 1,2 milhão de toneladas de amônia e 70 milénio toneladas de ureia por ano. A previsão é de início das operações em 2028, diz a estatal. Vai consumir 2,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
A Petrobras diz que a estudo da retomada do projeto começou em 2023, em seguida a volta do setor de fertilizantes ao planejamento estratégico da empresa, que passou o governo Bolsonaro com maior foco na exploração do pré-sal.

O governo argumenta que o agronegócio brasílio é grande consumidor de fertilizantes e depende de importações. O uso do gás originário para a redução da submissão externa é uma das bandeiras do ministro de Minas e Força, Alexandre Silveira.

Conhecida porquê UFN-3, a fábrica de Três Lagoas está com mais de 80% da obra avançada. A Petrobras tentou vender a unidade durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Chegou a negociar com a russa Akron, mas as conversas foram interrompidas em 2022, em seguida o início da guerra na Ucrânia.

É o terceiro projeto paralisado pela Lava Jato com retomada aprovada em seguida o início do governo Lula. Primeiro, a Petrobras aprovou a desenlace da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, com investimento suplementar de até R$ 8 bilhões.

Em setembro, informou que a desenlace da refinaria do idoso Comperj (Multíplice Petroquímico do Rio de Janeiro) vai custar R$ 13 bilhões. A unidade industrial em Itaguaí, na região metropolitana do Rio, foi rebatizado de Multíplice de Energias Boaventura).