Campinas registra 24 casos de coqueluche desde janeiro deste ano

A cidade de Campinas, localizada a noroeste de São Paulo, registrou 24 casos de coqueluche desde janeiro deste ano, o maior número desde 2019. Antes desta data, foram registrados 54 em 2018, 124 em 2014 e 88 em 2012. A prefeitura alerta os cidadãos a tomarem a vacina porquê medida de prevenção, uma vez que nas crianças de até cinco meses a doença se apresenta na forma mais grave e pode ser infalível.

 

A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella Pertussis. Ela compromete o aparelho respiratório, traqueia e brônquios, e se caracteriza por ataques de tosse seca. Presente no mundo todo, a doença é transmitida por tosse, esternutação ou fala de pessoa contaminada. Os sintomas podem se manifestar em três níveis. No primeiro, o mais ligeiro, os sintomas são parecidos com os de um resfriado e incluem mal-estar universal, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Esses sintomas iniciais podem insistir semanas, período em que a pessoa também está mais suscetível a transmitir a doença.

No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais aparecem e a tosse passa de ligeiro e seca para severa e descontrolada, podendo comprometer a respiração. As crises de tosse podem provocar ainda vômito ou cansaço extremo. Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis e dez semanas.

“A coqueluche, conhecida também porquê ‘tosse comprida’, é uma doença que pode se manifestar de forma grave, principalmente em crianças menores de 6 meses, tendo sido uma justificação importante de óbito no pretérito, quando não havia vacina. É muito importante que todos os profissionais de saúde estejam atentos, notifiquem e investiguem os casos de crianças com tosse paroxística [intensa e rápida] para tratamento adequado, e que os pais mantenham sempre em dia a vacinação de seus filhos”, explica a médica infectologista da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, Valéria de Almeida.

Segundo os dados da Secretaria de Saúde do município, no ano pretérito, a cobertura da ração pentavalente em Campinas ficou em 94,97%. A meta é 95% e a ração considerada pela Saúde porquê indicador é a terceira do esquema primordial para crianças. A vacina pentavalente protege contra a coqueluche, a difteria, o tétano, a hepatite B e o Haemophilus influenzae do tipo B, que justificação meningite.

A vacina é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o esquema primordial inclui três pentavalente aos 2, 4 e 6 meses. Em seguida há reforços com DTP, que protege contra difteria, tétano e pertussis – tríplice bacteriana. “A vacina é segura e a emprego em gestantes estimula a produção de anticorpos maternos contra a coqueluche que passam pela placenta e protegem diretamente a petiz nos primeiros meses de vida, e indiretamente pela subtracção do risco de infecção da mãe”.

Em meio a tantos surtos de coqueluche, o Ministério da Saúde publicou neste mês nota técnica em que recomenda ampliar, em caráter sensacional, e intensificar a vacinação contra a doença no Brasil. A pasta pede ainda que estados e municípios fortaleçam ações de vigilância epidemiológica para casos de coqueluche.

O documento amplia a indicação de uso da vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto), que combate difteria, tétano e coqueluche, para trabalhadores da saúde que atuam em serviços de saúde públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, com atendimento em ginecologia e obstetrícia; parto e pós-parto súbito, incluindo casas de parto; UTIs e UCIs, berçários (grave, médio e eminente risco) e pediatria.

Ainda de pacto com a nota técnica, profissionais que atuam porquê doulas, acompanhando gestantes durante os períodos de gravidez, parto e pós-parto; além de trabalhadores que atuam em berçários e creches onde há atendimento de crianças com até 4 anos, também devem ser imunizados contra a coqueluche.

A gestão da ração nesse público deve considerar o histórico vacinal contra difteria e tétano (dT). Pessoas com o esquema vacinal completo devem receber uma ração da dTpa, mesmo que a última imunização tenha ocorrido há menos de dez anos. Já os que têm menos de três doses administradas devem receber uma ração de dTpa e completar o esquema com uma ou duas doses de dT.

Nas crianças, a isenção à doença é adquirida somente quando administradas as três doses da vacina, sendo necessária a realização dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Bebês menores de 6 meses podem apresentar complicações pela coqueluche e o quadro pode levar à morte.

O ministério alerta que um adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, pode se tornar suscetível novamente à coqueluche, já que a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo. Por conta do risco de exposição, a imunização de crianças já nos primeiros meses de vida é tão importante.

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