Governo anuncia 3ª edição do projecto Vernáculo de Agroecologia e produção orgânica

O governo federalista anunciou nesta quarta-feira, 16, a terceira edição do Projecto Vernáculo de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), lançado inicialmente em 2012. O Planapo, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Lavra Familiar (MDA), reúne 197 iniciativas em 7 eixos, 14 ministérios envolvidos e R$ 9 bilhões em ações. A assinatura do Planapo foi realizada em cerimônia no Palácio do Planalto pelo ministro do MDA, Paulo Teixeira, ministro da Lavra, Carlos Fávaro, ministro do Meio Envolvente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

 

O Planapo prevê iniciativas voltadas para pesquisa e inovação, incentivo às compras públicas e inclusão de mulheres, jovens, indígenas e quilombolas na lavra familiar. “O Planapo vai ampliar a produção e o processamento de mantimentos orgânicos e de base agroecológica, além de fortalecer a sua comercialização. O projecto tem uma vez que compromisso destinar R$ 6 bilhões em linhas do Pronaf (Programa Vernáculo de Fortalecimento da Lavra Familiar) para produção orgânica ou agroecológica, R$ 115 milhões em fomento e R$ 100 milhões em parceria com Instalação Banco do Brasil”, detalhou Teixeira.

O Planapo inclui, ainda, o Programa Vernáculo de Redução de Agrotóxicos (Pronara), que prevê ações para diminuir o uso de defensivos agrícolas de subida periculosidade e substituir os agroquímicos por bioinsumos. De harmonia com Teixeira, o programa prevê a substituição de “agrotóxicos altamente tóxicos e de subida periculosidade”. “Diversos químicos já proibidos na Europa e nos Estados Unidos ainda são largamente utilizados cá no Brasil. Esses químicos deverão ser substituídos por biológicos. Os bioinsumos são capazes de prometer subida produtividade e por um dispêndio menor”, afirmou Teixeira.

A inclusão da estratégia de redução do uso dos agroquímicos causou divergência entre o MDA e o Ministério da Lavra. A Lavra havia apresentado veto ao Pronara por “questões técnicas”. O tema chegou ao Palácio do Planalto e houve consenso entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros no último mês.

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