Justiça determina que Enel tem 24 horas para religar virilidade em São Paulo

A Justiça de São Paulo determinou que a Enel tem 24 horas para restabelecer a virilidade elétrica dos consumidores afetados pelo apagão provocado pelos temporais do último dia 11. A ordem judicial foi proferida pelo juiz Fábio de Souza Pimenta, da 32ª Vara Cível, em caráter liminar (temporário) na terça-feira, 15, mas só deverá iniciar a valer a partir da segunda-feira, 21, no dia útil subsequente ao da publicação no Quotidiano da Justiça Eletrônico, prevista para a sexta-feira, 18.

 

Caso a medida não seja acatada, a Enel deverá remunerar um valor de R$ 100 milénio por hora de descumprimento. Procurada, a distribuidora afirmou que o ponto deverá ser abordado em coletiva de prensa marcada para a manhã desta quinta-feira, 17.

Conforme o último boletim divulgado pela empresa, 74 milénio clientes ainda estão sem virilidade na Grande São Paulo. De combinação com a Enel, 2,1 milhões de consumidores foram afetados.

A medida integra uma ação movida pelo Ministério Público contra a Enel por conta dos apagões de novembro do ano pretérito, que também afetaram a capital paulista e a região metropolitana. O magistrado afirma ainda ser “inadmissível” um novo incidente semelhante na mesma região.

“Eis que, depois novo evento climatológico, testemunha-se novidade situação de caos no fornecimento de virilidade elétrica pela empresa requerida à população”, afirma Pimenta

“Ou seja, é inadmissível, neste momento processual, que haja não só a repetição da referida situação numa das maiores cidades da América Latina, mas também o seu agravamento conforme depreende-se da notória e incontroversa morosidade da requerida no tocante ao restabelecimento do fornecimento integral dos serviços de virilidade elétrica a toda população e da precariedade do atendimento desta pelos canais de informação (a ponto da requerida ter informado pela prensa não possuir prazo para a normalização dessa situação)”, acrescenta o magistrado na decisão.

A decisão vale para todos “imóveis alcançados pelo apagão que se iniciou com o evento climatológico de 11 de outubro de 2024”.

Pimenta também determinou que a Enel insira nos seus sites na internet e nas redes sociais informações sobre as interrupções no fornecimento e sobre a previsão de restabelecimento do serviço, “sob pena de multa de R$ 100.000,00 por hora de descumprimento, sem limite sumo de valores em caso de acúmulo de horas”, informa trecho da decisão.

Nesta quinta-feira, encerra-se também o prazo determinado pelo ministro de Minas e Vontade, Alexandre Silveira, para a Enel resolver a situação de falta de virilidade. A distribuidora afirma que vai sanar os problemas dentro da data determinada, conforme ordenado pela pasta.

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