Justiça tenta penhorar R$ 385 de sócios da 123 Milhas, mas acha contas zeradas

As contas bancárias dos irmãos Ramiro e Augusto Soares Madureira, fundadores da 123 Milhas, estão zeradas. A Justiça do Rio de Janeiro determinou a penhora de R$ 385,83 das contas pessoais dos executivos em uma ação de danos morais contra a empresa. A consulta no Sistema de Procura de Ativos, via de notícia entre o Poder Judiciário e as instituições financeiras, constatou que não há saldo em nenhuma das 26 contas associadas aos CPFs dos empresários.

 

Os sócios foram condenados a reembolsar, em nome da empresa, o legista Gabriel de Britto Silva, que comprou uma passagem do Rio para Porto Feliz, mas teve o bilhete cancelado sem recta a restituição.

O legista pediu a chamada desprezo da personalidade jurídica da 123 Milhas, o que na prática abriu caminho para tentar chegar ao patrimônio pessoal dos empresários.

O Código de Resguardo do Consumidor prevê que a personalidade jurídica de uma empresa pode ser desconsiderada “sempre que for, de alguma forma, travanca ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores”.

Ao ser informada sobre a situação das contas bancárias, a juíza Sônia Maria Monteiro, 27.º Juizado Privativo Cível da Comarca da Capital, deu cinco dias para que o responsável da ação informe uma vez que pretende seguir com o processo.

“Em consulta ao sistema SISBAJUD, foi verificada a escassez de saldo suficiente, devendo o exequente informar uma vez que deseja prosseguir, no prazo de 05 dias”, diz o despacho assinado nesta terça-feira, 15.