O Brasil recebeu, no ano pretérito, uma quantidade recorde de investimentos de empresas dos Estados Unidos. Foram 126 projetos, um aumento de 50% em relação a 2022 e o melhor número na última dez, ultrapassando o pico anterior de 112 projetos, em 2014.
Em valores, o totalidade dos novos investimentos greenfield (no qual as empresas constroem a operação do zero) vindos dos Estados Unidos chegou a US$ 7,3 bilhões, o equivalente sobre R$ 39,6 bilhões, na cotação atual. Os dados são do Mapa Bilateral de Comércio e dos Investimentos Brasil-Estados Unidos, divulgado pela Dependência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e da Câmara Americana de Transacção para o Brasil (Amcham Brasil).
Projetos ligados aos setores de data centers, minerais para transição energética e vontade eólica responderam pelos maiores investimentos, aponta o relatório.Na avaliação de Luciano Rebelde, CEO da Perceptibilidade Mercantil e mentor do crédito internacional, os dados evidenciam um cenário promissor para a internacionalização de negócios e a expansão das relações comerciais.
O maior foco dos investimentos em tecnologia e economia virente evidencia a procura por um alinhamento com as novas demandas globais de sustentabilidade e digitalização, afirma Rebelde.O profissional destaca que também houve um aumento nos investimentos de empresas brasileiras nos Estados Unidos. Estes atingiram US$ 581 milhões (R$ 3,1 bilhões) em 2023, segundo os dados da Apex e da Amcham.
Crédito internacional
Para Rebelde, o aporte de crédito internacional é “um catalisador vital para o sucesso dessas iniciativas, facilitando a transferência de recursos e expertise, além de reduzir barreiras financeiras para empresas em tempo de internacionalização”.
“A procura por linhas de crédito que fomentem inovações tecnológicas e energias renováveis torna-se uma prioridade tanto para instituições financeiras quanto para governos, visando o fortalecimento de um envolvente favorável ao propagação sustentável”, acrescenta.Rebelde considera importante que as empresas tenham mecanismos de suporte financeiro que considerem riscos associados à volatilidade cambial e às especificidades do envolvente econômico brasílico. Em outras palavras, que se mantenham atentas a questões uma vez que as oscilações do preço do dólar, taxa de juros, mudanças na legislação e na tributação, entre outros pontos.
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