SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Milton, furacão que pode ser o mais poderoso no golfo do México desde o Katrina, em 2005, foi rebaixado para a categoria 3 na tarde desta quarta-feira (9), depois prosseguir durante a madrugada em direção à costa oeste da Flórida, nos Estados Unidos, onde deve atingir terreno firme por volta da meia-noite.
O prostração era esperado e não muda o prognóstico de especialistas, para os quais o Milton ainda será “um furacão extremamente perigoso e grande”, segundo o jornal americano The New York Times. Embora o sítio e horário exato da aterrissagem sejam incertos, chuvas intensas, erosão e enchentes são esperadas.
A previsão é que o furacão ligeiro à região de 127 a 250 milímetros de chuva -número maior do que a média para todo o mês no sítio. Segundo o National Hurricane Center, o nível da chuva em alguns locais da costa oeste da Flórida pode passar de quatro metros.
De conformidade com a meteorologista da CBS News, Nikki Nolan, a avaliação mais atualizada indica que o furacão deve tocar a terreno em Sarasota, na Flórida -antes, estava previsto que ele atingisse primeiro a dimensão de Tampa, meio urbano densamente povoado na costa oeste da península da Flórida que não é afetado diretamente por um furacão há mais de um século.
A perspectiva provocou uma das maiores ordens de retirada na história da Flórida depois milhões de pessoas receberem a orientação de deixar suas casas.
Aqueles que fugiram para o setentrião em procura de segurança nos últimos dois dias encontraram rodovias congestionadas e longas filas nos postos de gasolina, mesmo com os acostamentos das rodovias abertos para tentar manter os carros em movimento. Moradores e seus animais de estimação lotaram hotéis e abrigos fora das zonas de evacuação.
O furacão ainda obrigou ao menos nove aeroportos da Flórida, um dos destinos de viagem mais populares do mundo, a fecharem. “Esta é uma situação extremamente ameaçadora à vida”, disse o Visit Florida, a organização solene de turismo do estado, ao recomendar moradores e visitantes a “seguir os conselhos dados pelas autoridades locais e segregar imediatamente se forem instruídos a fazê-lo”.
Parques de diversões, uma das principais atrações da região, também anunciaram a suspensão de suas atividades, incluindo o mais famoso deles, o Walt Disney World. “Com base na projeção mais recente, estamos fazendo ajustes operacionais adicionais para a segurança de nossos hóspedes e membros do elenco”, afirmou a empresa ao informar que secção de seus serviços ficarão fechados pelo menos até quinta.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, disse que conversou com o presidente americano, Joe Biden, sobre a emergência. “Tudo o que pedimos, a gestão aprovou”, disse ele. Muro de 8.000 membros da Guarda Vernáculo serão ativados, acrescentou o político, chamando isso de provavelmente a maior mobilização na história do estado antes de um furacão.
Os alertas ocorrem no momento em que a população ainda não se recuperou completamente do Helene, outro furacão que impactou a região há pouco mais de uma semana e deixou dezenas de mortos e milhões sem vontade.
O potencial destrutivo do Milton, aliás, é exacerbado pelo roupa de que o Helene removeu barreiras de areia e vegetação que poderiam desacelerar o furacão. Ou por outra, o Milton pode transformar destroços que ainda não foram removidos em projéteis, causando ainda mais dano.
Milhões de pessoas têm sido impactadas por fenômenos meteorológicos extremos e por ondas de calor prolongadas em todo o mundo nas últimas semanas. O IPCC (Pintura Intergovernamental para a Mudança Climática) já afirmou que hoje é inequívoco que secção dessas mudanças é causada pela ação humana.
Dados da Organização Meteorológica Mundial, dependência da ONU (Organização das Nações Unidas) para questões do clima, indicam que eventos climáticos extremos uma vez que secas, enchentes, deslizamentos de terreno, tempestades e incêndios mais do que triplicaram ao longo dos últimos 50 anos em consequência das mudanças climáticas