Bolsas da Europa perdem força e ficam mistas, com setor imobiliário pressionado por juros altos

As bolsas europeias operam sem direção única na manhã desta segunda-feira, perdendo força em relação à introdução positiva do pregão, à medida que investidores ainda comemoram sólidos dados de geração de empregos nos EUA, mas também se preocupam com a potente reação em subida dos juros dos Treasuries e de outros títulos soberanos.

 

No término da semana passada, o relatório de ofício dos EUA – o chamado payroll – veio muito mais potente do que o esperado, aliviando temores de recessão na maior economia do mundo, mas também reduzindo expectativas de cortes dos juros básicos americanos nos próximos meses, fator que impulsionou os rendimentos dos Treasuries. Mais cedo, o renda da T-note de 10 anos voltou a permanecer supra de 4%, chegando a tocar 4,014% na máxima do dia. Os retornos do Bund teutónico e do Gilt britânico equivalentes também avançam hoje.

Por volta das 6h40 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,13%, a 517,90 pontos. Exclusivamente o subíndice do setor imobiliário, que é mais sensível a oscilações de juros, tinha queda de 1,1%.

Indicadores europeus do dia também estão no radar. As vendas no varejo da zona do euro tiveram subida mensal de 0,2% em agosto, em traço com as expectativas, mas as encomendas à indústria alemã sofreram um trambolhão de 5,8% no mesmo período, muito maior do que se previa.

Às 6h57 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,24%, a de Paris recuava 0,02% e a de Frankfurt caía 0,28%. Já a de Milão se mantinha seguro, enquanto as de Madri e de Lisboa avançavam 0,41% e 0,22%, respectivamente.

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