Único brasileiro na final do individual geral da ginástica artística, Diogo Soares ficou no 23º lugar geral, longe da disputa por medalhas na Olimpíada de Paris-2024, nesta quarta-feira. O ginasta enfrentou dificuldades nas duas última rotações e não conseguiu melhorar sua colocação em comparação aos Jogos de Tóquio. O ouro ficou com o surpreendente japonês Oka Shinnosuke.
Soares terminou a disputa com 78,698 na tradicional Arena Bercy, uma das maiores da França, na 23ª e penúltima colocação. Em Tóquio, há três anos, quando também esteve na final do individual geral, o ginasta de 22 anos obteve o 20º lugar geral.
Na capital francesa, o brasileiro havia se classificado em 19º lugar entre 96 participantes e garantiu o lugar na final, que conta com 24 atletas. Soares foi medalha de prata no individual geral nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no ano passado. Nas competições de base, ele tem duas medalhas nos Jogos Olímpicos da Juventude, disputados em Buenos Aires em 2018.
Nesta quarta-feira, o brasileiro elevou o nível de dificuldade em todos os aparelhos em comparação à fase classificatória, quando adotou estratégia mais cautelosa, com movimentos menos arriscados, para assegurar a vaga na final.
Na primeira rotação, o brasileiro começou bem no salto sobre a mesa, com 14,500. Em seguida, anotou 13,733 nas barras paralelas. O bom desempenho colocou Soares na sexta colocação geral ao fim da segunda rotação. Na terceira, ele arriscou forte na barra fixa e fez uma apresentação quase impecável, com um 13,733 – ficou em 3º lugar neste aparelho. Apesar disso, caiu para o oitavo posto.
Soares acabou sofrendo quedas consecutivas na classificação geral no solo e no cavalo com alças. No primeiro, sofreu uma penalização por ter pisado fora da área de competição numa das aterrissagens e acabou apenas com a nota 13,133. Na sequência, despencou para o 12º posto geral.
A situação se complicou de vez no cavalo com alças. Ele falhou duas vezes no aparelho e finalizou de forma burocrática. Soares obteve 11,566, a segunda nota mais baixa de toda a disputa, levando em conta todas as rotações. O brasileiro finalizou sua participação nas argolas, aparelho em que não costuma brilhar. Anotou 12,033, após uma pequena falha na saída, e terminou no 23º posto geral.
Entre os favoritos, a disputa começou com sustos protagonizados pelo japonês Hashimoto Daiki, campeão olímpico em Tóquio e atual bicampeão mundial, e pelo chinês Zhang Boheng, campeão mundial em 2021 e vice em 2022. Zhang errou no solo enquanto Daiki falhou no cavalo com alças logo na primeira rotação.
O ginasta japonês não conseguiu reagir ao longo das demais cinco rotações e acabou na modesta sexta posição geral. O Japão, contudo, manteve o posto mais alto do pódio, com Shinnosuke Oka, que obteve 86,832. Aos 20 anos, ele já soma sua segunda medalha de ouro olímpica pois foi campeão também por equipes, nesta semana.
A medalha de prata ficou com Zhang, que se recuperou bem ao longo da disputa, com 86,599. A China também assegurou o bronze com Ruoteng Xiao, com 86,364. Ele havia faturado a prata nos Jogos de Tóquio, em 2021. Também ficou em segundo lugar por equipes na capital francesa.
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