Quem é Gabi Guimarães, a ‘filha do Deus do vôlei’, esperança do Brasil na Olimpíada

Gabi Guimarães é uma das melhores jogadoras de vôlei do mundo. A camisa 10 da seleção brasileira disputa sua terceira Olimpíada, depois da prata em Tóquio, em 2021. O desempenho rendeu o apelido de “filha do Deus do vôlei”, concedido por Stefano Lavarini, técnico da seleção polonesa derrotada pelo Brasil.

 

A alcunha foi reiterada em diferentes momentos por Lavarini. Uma delas foi antes do duelo entre Polônia e Brasil, na primeira fase Liga das Nações, em junho deste ano. As equipes voltaram a se encontrar na disputa pelo terceiro lugar, quando as brasileiras ficaram em quarto lugar.

Mas o italiano já havia elogiado a ponteira anteriormente. Lavarini comandou o Minas entre 2017 e 2019 e foi a primeira vez em que ele cruzou por Gabi, ainda que apenas por uma temporada. Após deixar Belo Horizonte, eles se reencontraram na Turquia, mas em lados opostos. O técnico estava no Fenerbahçe e a jogadora brasileira defendia o Vakifbank.

Na equipe turca, Gabi trabalhou com o espanhol Cesar Hernández, hoje técnico do Neptunes Nantes, da França. Ele era auxiliar-técnico do Vakifbank. Ele já contou ter perguntado a um treinador (provavelmente Lavarini) sobre Gabi e narrou: “Uma vez perguntei a um treinador por Gabi. E ele disse: ‘Se há um Deus do voleibol no Olimpo, esta é a filha dele’. É um talento espetacular”.

GABI TEM CARREIRA VITORIOSA E AMBIÇÃO PELO OURO OLÍMPICO

Aos 30 anos, Gabi também tem no currículo passagens pelo Mackenzie Esporte Clube (MG), Sesc (RJ), Minas Tênis Clube Em julho, ela foi anunciada como atleta do Conegliano, uma das potências da liga italiana. A experiência lhe alçou à posição de capitã da seleção brasileira, posto que assumiu em 2022.

Mais dos que os anos de carreira, a ponteira acumula títulos. São seis conquistas de Superliga brasileira, cinco Sul-Americanos de clubes, dois campeonatos turcos, duas Ligas dos Campeões da Europa e um Mundial de Clubes. Além de três ouros no Grand Prix e quatro ouros no Sul-Americanos de seleções.

A história, porém, não começou no alto. A mineira foi rejeitada no Minas Tênis Clube aos 14 anos por ser considerada baixa demais. A insistência foi no Mackenzie, pelo qual começou a atuar. No primeiro ano, em 2008, Gabi já integrou a seleção mineira infantojuvenil. Dois anos depois, ela chegou à equipe brasileira da categoria.

A partir daí, a ascensão foi meteórica. Aos 16 anos, foi contratada pelo Sesc, comandado à época por Bernardinho. Participou do título de Superliga e teve a primeira convocação por Zé Roberto, integrando o grupo vencedor do Grand Prix de 2013. Desde então, ela virou nome de confiança do treinador. Hoje “10 e faixa” da seleção, a atleta é vista por Zé Roberto como a melhor jogadora do mundo.

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