O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, reforçou o pedido da entidade multilateral aos países mais desenvolvidos do mundo para que eles compartilhem mais doses de vacinas contra o novo coronavírus a nações mais pobres. Segundo ele, vacinar todos os cidadãos enquanto a maior parte da população mundial continua sem os imunizantes dá uma “sensação falsa de segurança”, uma vez que a contínua transmissão do vírus provoca o surgimento de mais variantes, que podem ser imunes às vacinas atualmente em uso.
O diretor-geral da OMS instou os países que se comprometeram a compartilhar os imunizantes a “transformar suas promessas em ação”. Tedros classificou como “sufocante” o pouco progresso feito em direção a uma distribuição mais igualitária das vacinas. “Se não for por solidariedade, peço que países ricos compartilhem as doses pelo seu próprio interesse”, disse Tedros, que completou ao afirmar que as nações mais desenvolvidas do mundo vacinam suas populações ao custo das vidas de idosos e profissionais da saúde de regiões de menor renda.
Consultor sênior da OMS, Bruce Aylward afirmou que a vacinação em países mais pobres tem sido lenta também por causa da baixa oferta de fabricantes à iniciativa Covax. Segundo ele, os institutos indiano e sul-coreano que fabricam a vacina da AstraZeneca estão com dificuldades para entregar as doses no ritmo esperado pela OMS.
Diante deste cenário, a cientista chefe da Organização, Sumya Swaminathan, ressaltou a importância de países com os maiores estoques de vacinas compartilharem doses por meio da Covax.
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