Verstappen causa bandeira vermelha e lidera único treino do GP da Áustria

JULIANNE CERASOLI
(UOL/FOLHAPRESS) – Max Verstappen foi o mais rápido na única sessão de treinos livres para o GP da Áustria, nesta sexta-feira (28), que tem o formato de sprint. Ele foi 0s276 mais veloz que a McLaren de Oscar Piastri, com a Ferrari de Charles Leclerc em terceiro.

Essa diferença de Verstappen é bastante considerável para uma pista como o Red Bull Ring, que é a mais curta do ano em termos de tempo de volta. Mas o piloto que vem conseguindo chegar mais perto dele em termos de ritmo nas últimas corridas, Lando Norris, saiu da pista em sua primeira tentativa, quando estava mais rápido que Verstappen, e, na sua segunda tentativa, com os pneus já sem as melhores condições, começou andando mais rápido que Piastri e abortou a volta.

Verstappen não teve uma sessão totalmente tranquila, causando uma bandeira vermelha depois que seu carro simplesmente apagou sem muito aviso em plena reta. Ele foi levado para a garagem e a equipe rapidamente ligou o carro novamente, sem maiores problemas.

Foi uma sessão bastante movimentada, que na prática condensou o trabalho que normalmente é feito ao longo de três treinos livres de uma hora. Houve testes de fluxo aerodinâmico, especialmente de carros que têm novidades, como McLaren, Mercedes e Red Bull – ainda que nada muito extenso. Depois os times passaram por simulações de corrida e, no final, de classificação, até porque na próxima vez que voltarem à pista, já irão fazer a classificação para a sprint a partir das 11h30, pelo horário de Brasília.

As Mercedes mostraram um bom ritmo com o composto duro, o mais lento deste fim de semana, fazendo a dobradinha mesmo com seus rivais diretos usando os médios. Antes do treino livre, o diretor de engenharia do time, Andrew Shovlin, havia destacado como as mudanças que eles fizeram na asa dianteira tornaram o carro muito mais fácil de acertar.

Isso significa que eles conseguem começar o final de semana mais bem preparados do que anteriormente, quando o carro só funcionava bem em uma janela muito pequena, fazendo com que eles testassem muitos acertos ao longo do final de semana e, mesmo assim, sofressem para encontrar a melhor configuração.

No entanto, eles ficaram devendo com os pneus macios, com Lewis Hamilton sendo apenas o quinto. Russell foi outro piloto que abortou sua volta com o pneu macio.

A pista está diferente para os pilotos, com as alterações nas áreas de escape principalmente nas últimas duas curvas do circuito para evitar que os pilotos saiam da pista e que tenhamos uma chuva de punições por conta disso – no GP do ano passado, foram mais de 80 infrações apenas na corrida principal. As medidas parecem ter dado certo: não houve nenhuma infração por limites de pista durante a sessão.

Veremos o que acontece na classificação, quando os pilotos tendem a forçar mais para chegar no limite do carro.