SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O começo da fase emergencial em São Paulo, etapa em que há toque de recolher e mesmo serviços essenciais são restritos, não aumentou o índice de isolamento no estado nesta segunda-feira (15), segundo monitoramento do governo paulista. Enquanto isso, as UTIs continuam lotadas por pacientes internados com a Covid-19.
O isolamento médio em SP foi de 42% nesta segunda-feira (mesmo índice da capital paulista), primeiro dia da fase emergencial.
Ficou no mesmo nível da segunda-feira anterior (8), antes das restrições mais duras, mas quando o estado inteiro já estava na fase vermelha, com autorização de funcionamento de apenas serviços essenciais. E ficou ligeiramente acima dos 39% registrados no dia 1º, uma segunda-feira antes.
O isolamento é calculado pelo governo paulista com dados de telefones celulares das operadoras de telefonia Vivo, Claro, Oi e Tim. O governo calcula quanto o telefone se deslocou durante o dia em relação ao período onde ele esteve durante a madrugada. Se esse deslocamento é maior a 200 metros, isso indica que o usuário pode ter saído de casa.
Enquanto a população não obedece aos apelos para que fiquem em casa, os hospitais continuam lotados. Na segunda, a ocupação de UTIs (unidades de terapia intensiva) chegou a 89,9% no estado e 90,6% na região metropolitana da capital. Já os leitos de enfermaria têm lotação de 76,7% no estado e 84% na Grande São Paulo.
Em nota, o governo de São Paulo reforçou “a importância da colaboração da população para evitar a disseminação do coronavírus” e afirmou que pode adotar restrições ainda mais severas, “ancoradas em critérios técnicos e científicos.” “Somente com o integral cumprimento das normas em vigor será possível conter as taxas de contaminação da Covid-19. O estado segue analisando a situação da pandemia para adoção de medidas adicionais, se necessário, para frear a disseminação da doença”, diz o governo.
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Nesta terça (16), o estado bateu recorde de registros de morte por Covid-19 em um único dia. Foram 679 casos, levando SP a um total de 64.902 mortes pela doença.
As restrições mais duras fizeram despencar o trânsito na capital paulista, mas tiraram pouca gente dos ônibus da cidade.
Segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a média de trânsito em São Paulo foi de 13 quilômetros de lentidão nesta segunda.
Para se ter uma ideia, na segunda-feira da semana anterior (8), em que a cidade já estava na fase vermelha, a média de lentidão foi de 28 quilômetros.
Já na segunda-feira anterior (1º), quando São Paulo estava na fase laranja (lojas, restaurantes e bares abertos, com lotação e horários controlados), a lentidão foi bem maior, de 66 quilômetros.
Apesar da queda dos congestionamentos na cidade, o sistema de ônibus continuou cheio. Cerca de 1,5 milhão de passageiros foi transportado nesta segunda, contra 1,69 milhão na segunda-feira anterior e 1,99 milhão no dia 1º.
Já em volume de carros nas ruas, o primeiro dia de fase emergencial teve 4 milhões de veículos circulando, contra 5,6 milhões na semana anterior e 6,3 milhões 15 dias atrás.
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FASE EMERGENCIAL
– Toque de recolher entre as 20h e as 5h do dia seguinte;
– Proibição do uso de praias e parques;
– Proibição de serviços de retirada de todos os setores, inclusive restaurantes, que podem atender apenas com drive-thru, entre as 5h e as 20h, e delivery (24h);
– Fechamento de lojas de materiais de construção;
– Proibição de cerimônias religiosas e atividades esportivas coletivas, como jogos de futebol;
– Teletrabalho (home office) obrigatório para atividades administrativas não essenciais,como órgãos públicos e escritórios;
– Orientação de escalonamento no horário de setores para evitar aglomerações no transporte coletivo: das 5h às 7h para trabalhadores da indústria, das 7h às 9h para trabalhadores de serviços e das 9h às 11h para trabalhadores do comércio;
– Suspensão de aulas; escolas abertas apenas para alimentação e distribuição de materiais, com agendamento prévio.
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