LUIZA SÁ
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O Flamengo ainda tenta encontrar a melhor forma em 2024. Seja pelas atuações irregulares ou pelos constantes desfalques enfrentados pela comissão técnica. O alto número liga o alerta.
O time rubro-negro tem tido problemas constantes de ordem médica. Os desfalques se tornaram obstáculos para Tite em meio ao momento de instabilidade que o time vive.
O último a sentir foi o meia De la Cruz. Ele teve um trauma no joelho direito no duelo contra o Amazonas, pela Copa do Brasil. Para o alívio rubro-negro, não passou de um susto.
O uruguaio, porém, não é o primeiro a precisar sair no meio de um jogo por sentir dores. Pedro, por exemplo, foi substituído algumas vezes recentemente por não estar 100% recuperado das dores que sente no adutor direito desde a partida contra o Corinthians. O atacante, porém, não deixa de ser titular.
“O problema do De la Cruz não é físico, é médico e clínico. Foi um trauma que já no intervalo estava sentindo e que no segundo tempo pediu para sair. Não conseguia mais ter o desenvolvimento. Jogos que são uma exigência física muito grande e nossa função é dar recuperação para tê-lo no próximo jogo”, disse Tite, em entrevista coletiva após a partida.
Somente neste mês, foram quatro adversidades desta natureza. Além do camisa 9 e De la Cruz, foram mais outros dois casos. Bruno Henrique se recupera de uma entorse no pé esquerdo e Léo Pereira de uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda.
Léo Pereira, inclusive, já tinha sentido antes do jogo com o Bolívar. Ele foi titular mesmo assim, mas não aguentou e precisou sair. Everton Cebolinha foi outro a também perder algumas partidas após sentir na segunda rodada do Brasileirão.
Erick Pulgar vai passar praticamente um mês como desfalque. O chileno está perto de retornar e passou pela última fase da transição nesta semana para se recuperar de entorse no tornozelo esquerdo.
Bem fisicamente no começo do ano, Arrascaeta já sofre novamente. O meia ficou cerca de 20 dias fora com uma pequena lesão na posterior da coxa direita. O entendimento interno era que só daria para saber as condições reais do camisa 14 quando a sequência ficasse mais complicada e o que se vê é um cenário parecido com os últimos anos.
Os quadros virais também foram um problema importante nos primeiros meses do ano. Varela, Léo Pereira e Allan sofreram com isso.
PLANEJAMENTO DA COMISSÃO
Em 2024, o Flamengo adotou um planejamento que fez alguns jogadores serem poupados. A estratégia também gerou ausências ao longo dos compromissos.
A decisão da comissão causou críticas da torcida enquanto o time estava em crise. Para o jogo contra o Bolívar, pela Libertadores, por exemplo, foram cinco jogadores poupados.
“Não é da vontade do técnico. A vontade do técnico é competir todos os atletas e colocar, mas tem atleta que tem seis, sete jogos seguidos, e relatam que estão sentindo mais, e o departamento médico diz que a posição é ‘de cuidados'”, disse Tite, após jogo contra o Palmeiras, pelo Brasileiro.