Japão torna oficial: Para subir o Monte Fuji é preciso reservar e pagar

O Japão divulgou novas regras no acesso ao popular Monte Fuji, num esforço por lutar contra o turismo em excesso e contra a acumulação de lixo no local.

As medidas procuram também evitar que seja feito o chamado ‘bullet-climbing’, ou seja, a escalada da trilha de forma apressada, sem as pausas necessárias.

Aqueles que quiserem escalar uma das montanhas mais populares do mundo entre julho e setembro passam, diz a agência de notícias Associated Press (AP), a ter de reservar com antecedência e pagar uma taxa.

A prefeita de Yamanashi disse em comunicado, nesta segunda-feira, que as novas regras entram em vigor em 1 de julho, mantendo-se assim até 10 de setembro, relativamente a trilha Yoshida, no lado de Yamanashi da montanha, que é Património Cultural Mundial da UNESCO desde 2013.

Segundo as novas regras, apenas quatro mil pessoas poderão entrar na trilha por dia. Os interessados poderão reservar on-line, ou presencialmente no dia da escalada, tendo de pagar uma taxa de dois mil ienes (cerca de 60 reais) no caso das reservas on-line.

A prefeitura vai disponibilizar três mil vagas diariamente para reservas on-line, guardando outras mil vagas para as reservas presenciais.

A província vizinha de Shizuoka, a sudoeste do Monte Fuji, que serve também de acesso à mesma montanha, instaurou o pagamento voluntário de uma taxa de mil ienes (cerca de 30 reais) por alpinista em 2014 e está considerando formas adicionais de equilibrar o turismo e a proteção ambiental, segundo a AP.

Em 2023, um total de 221.322 pessoas escalaram o Monte Fuji, segundo o Ministério do Meio Ambiente do Japão.

O país tem levado a cabo outros esforços para controlar o turismo em torno do Monte Fuji, incluindo a instalação de um painel em Fujikawaguchiko, tapando a vista da montanha, para acabar com grandes aglomerados de turistas que se formavam neste local para tirar fotografias.

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