O ex-motorista da socialite Regina Gonçalves, José Marcos Chaves Ribeiro, reafirmou que os dois formavam um casal e disse que “quer a tranquilidade dela”. O caso envolvendo a herdeira da indústria de baralhos Copag veio à tona nas últimas semanas, quando Regina acusou Ribeiro de mantê-la em cárcere privado.
O ex-funcionário falou ao programa Fantástico, da Globo. Ribeiro disse que a relação entre os dois era de casal, o que é reconhecido por uma declaração de união estável registrada em cartório. “(Ela) nem admitia me chamar de motorista. A gente dormia junto”, disse ele ao programa.
Chaves narrou que era ele que medicava Regina quando necessário e ficava “24 horas ao lado dela”.
Sobre as versões apresentadas por parentes da mulher de que ele estava dilapidando o patrimônio da herdeira, o ex-funcionário disse que estava “todo mundo mentindo”. “Quero a tranquilidade dela”, acrescentou.
Denúncia
Os vizinhos da socialite no Edifício Chopin, endereço luxuoso na Avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, estranharam a falta de notícias dela desde dezembro.
Segundo os familiares, ela teria sido mantida em cárcere privado. Em janeiro, ela teria conseguido escapar para casa de um irmão. “Eu vivia em cativeiro, sem contato com ninguém”, afirmou Regina na semana passada.
Regina viveu com José Marcos por 14 anos. No dia 2 de janeiro deste ano, ela afirma que conseguiu sair sozinha e foi para casa do único irmão vivo, que também mora em Copacabana. Segundo a socialite, a saída foi uma fuga. “Resolvi fugir para por um final nisso”, declarou.
A Justiça concedeu a medida protetiva a Regina, e José Marcos tem que ficar no mínimo 250 metros longe da socialite.
O marido declarou à Justiça que Regina só saiu de casa porque teve “um surto decorrente de seu estado frágil e de confusão mental”. Mesmo com a medida protetiva, ele conseguiu na Justiça o direito de ser o curador dela, com poderes para administrar o patrimônio da socialite.
Regina é viúva do proprietário dos baralhos Copag, Nestor Gonçalves, e não tem filhos. Nestor, por sua vez, deixou como herança o apartamento no Edifício Chopin e outros imóveis, incluindo uma fazenda em Angra dos Reis, também no Rio. Em 1994, a herança foi estimada em R$ 2,5 bilhões
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