BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – A Justiça da Bolívia ordenou nesta sexta (12) a prisão da ex-presidente Jeanine Añez por conspiração, sedição e terrorismo durante os dias que se seguiram à renúncia de Evo Morales, em novembro de 2019.
Também foram emitidas ordens de prisão a cinco ministros da ex-líder boliviana, incluindo Arturo Murillo, acusado de estar por trás da repressão a militantes do partido MAS nos protestos realizados à época, e a Williams Kaliman, ex-comandante das Forças Armadas que pressionou Evo a renunciar.
“A perseguição política começou. O MAS decidiu voltar ao estilo da ditadura. Uma pena, porque a Bolívia não precisa de ditadores, e sim de liberdade e soluções”, afirmou Añez nas redes sociais.
A denúncia foi apresentada por um bloco de deputados e ex-deputados do MAS, legenda de Evo e do atual presidente do país, Luis Arce. No processo, a Justiça responsabiliza a cúpula do governo de Añez de ter causado mais de 30 mortes na repressão aos protestos devido à saída do líder indígena.
As penas para os crimes descritos, caso sejam confirmadas, são de 5 a 20 anos de prisão.
No último fim de semana, em eleições regionais, o MAS perdeu disputas em locais importantes, como o departamento de Santa Cruz de la Sierra. Ali, foi eleito governador o direitista Luis Fernando Camacho, figura que teve papel determinante para a saída de Evo.
Uma dissidente do MAS, Eva Copa, que liderou o Senado durante a gestão de Añez, ganhou a prefeitura de El Alto, importante reduto do ex-presidente. Já La Paz ficou com Iván Arias, ex-ministro do último governo. No quadro geral, porém, o MAS saiu vitorioso, pois triunfou em 5 dos 9 departamentos do país.
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