De origem indígena, o tacacá é uma comida típica da região amazônica. O caldo amarelado à base de mandioca, chamado de tucupi, preparado com goma, camarão e jambu é servido bem quente em cuias. O pesquisador, Daniel Alves Filho, da Bionorte – Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, conseguiu transformar essa iguaria em uma versão em pó, de preparo rápido e fácil.
“Ele pode ser preparado em um tempo de um minuto. O nosso produto contém 30% de proteínas, vitaminas, sais minerais; é rico em fibras e também ele possui um ‘efeito viagra’. É um produto muito bom para ser consumido em climas frios.”
Pra chegar ao tacacá em pó, foram sete anos de pesquisa no programa de pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia, da Universidade Federal do Acre. A maior dificuldade foi encontrar ingredientes que pudessem deixar o produto com sabor bem próximo do original. O coordenador da Rede Bionorte, Anselmo Rodriguez, destaca a importância da pesquisa.
“A herança dessa cultura alimentar na população ribeirinha, remanescente, e como símbolo da cultura regional, por isso, a importância do caso. Eu também sou testemunha porque eu também provei essa sopa em pó do tacacá e é muito gostosa, muito parecida. Inclusive, tem camarão, tem todos os ingredientes necessários.”
A fórmula do tacacá em pó já está definida. O próximo passo agora é fazer parcerias com empresas e tornar o produto acessível para comercialização, levando o sabor da Amazônia até para outros países.
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