A família de Daniela Almeida Vera, a indígena de 81 anos que viveu com um “bebê de pedra” no abdômen por mais de 50 anos, autorizou o Hospital Regional de Ponta Porã (HR) a realizar um estudo sobre o caso.
Segundo Rosely Almeida, filha de Daniela, um médico se interessou em iniciar a pesquisa, mas ainda não há detalhes sobre como ela será realizada.
Daniela era portadora de uma condição rara chamada litopedia, que ocorre quando um feto não se desenvolve completamente e se calcifica dentro do útero. A equipe médica acredita que ela tenha convivido com o bebê calcificado por 56 anos, desde sua última gestação.
Rosely, porém, acredita que o tempo possa ter sido ainda maior, pois Daniela relatava dores abdominais desde sua primeira gestação, na adolescência.
A idosa faleceu no dia 11 de março após uma cirurgia para remover o bebê calcificado. Ela havia procurado atendimento médico por conta de uma infecção urinária, que evoluiu para um quadro grave de infecção generalizada.
Recomeço
A família de Daniela, que era composta por sete filhos e 40 netos, agora busca se recompor após a perda. Rosely, a filha mais nova, que foi adotada por Daniela, afirmou ao G1 que a família está “muito abalada”.
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