Fotos: Michelle Alves/Secom
Os profissionais do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros” deram início, nesta terça-feira (19), à imunização de primatas neotropicais do seu plantel contra a toxoplasmose, uma doença infecciosa, causada por um protozoário, que acomete seres humanos e diversos animais, incluindo primatas. A ação beneficiará todos os exemplares de bugio, lêmure, macaco-barrigudo, muriqui-do-sul, macaco-aranha e algumas espécies de sagui.
Administrado pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema), o “Quinzinho de Barros”, além do lazer proporcionado ao público, desempenha um importante trabalho de conservação, pesquisa, bem-estar animal e educação ambiental, que são as cinco funções de um zoológico moderno.
A iniciativa foi possível graças à doação do imunizante feita pelas empresas francesas Vaxinano e Phileo by Lesaffre ao Zoológico Municipal de Sorocaba. No total, são 186 doses, número suficiente para imunizar os 62 primatas vulneráveis, tornando-se uma das primeiras instituições do Brasil a contar com esse tipo de prevenção. A vacinação proporcionará maior segurança sanitária ao plantel e ainda contribuirá com o avanço das pesquisas na área.
O imunizante é aplicado por via nasal. São três doses por animal, sendo a segunda após 30 dias e a terceira, após 180 dias da primeira aplicação. Durante todo o processo, é feito o acompanhamento técnico necessário, tanto para atestar a eficácia, quanto para garantir a segurança dos animais.
A transmissão da toxoplasmose se dá pela ingestão de água e alimentos contaminados e/ou pela ingestão de carne com cistos do parasita. Nos seres humanos imunocompetentes, a contaminação costuma ser branda e pode até passar despercebida; porém, os primatas neotropicais, como algumas espécies de saguis, macaco-barrigudo, muriqui-do-sul e macaco-aranha, são particularmente sensíveis à infecção e desenvolvem sinais mais graves, geralmente levando à morte.
No Zoológico de Sorocaba, há diversas medidas para evitar o contato dos primatas com o protozoário causador da doença, como a utilização de proteção na sola dos sapatos ao entrar nos recintos, o distanciamento dos setores de primatas e felinos e a higienização adequada dos alimentos. No entanto, o risco sempre existe.
O “Quinzinho de Barros” está localizado na Rua Theodoro Kaisel, 883, na Vila Hortência, e é aberto de terça a domingo, das 9h às 17h, sendo que a bilheteria funciona até as 16h. Os ingressos custam R$ 8, para pessoas de 12 a 59 anos; e R$ 4, para crianças de 6 a 11 anos, além de estudantes dos ensinos Fundamental, Médio, Técnico ou Superior, reconhecidos pelo MEC, mediante comprovação de matrícula ou carteira estudantil dentro do prazo de validade. Crianças até 5 anos, idosos acima de 60 anos completos e pessoa com deficiência, garantindo-se também ao seu acompanhante, quando necessário e quando comprovada essa condição, são isentos de pagamento do ingresso.