Com Vettel, Aston Martin volta ao grid da F-1 prometendo virar time grande

JULIANNE CERASOLISÃO PAULO, SP (FUOL-FOLHAPRESS) – A Aston Martin, nova equipe do tetracampeão Sebastian Vettel, fez o lançamento que pode ser considerado o mais esperado desta temporada da Fórmula 1 nesta quarta-feira (03). Isso porque a ex-Racing Point vem juntando todos os elementos para se tornar um time grande na categoria a médio prazo.

A associação com a montadora britânica, que vê seu nome de volta como equipe na F-1 após mais de 60 anos, vem da ligação com o bilionário canadense

Lawrence Stroll, que primeiro comprou a ex-Force India, e depois se tornou acionista majoritário da Aston, unindo os dois projetos. Com o investimento trazido por Stroll, a equipe já deu um salto importante em 2020 e agora, com Vettel, promete seguir no mesmo caminho em 2021.

O carro em si tem a mesma base do ano passado: a Mercedes. O que ganhou o apelido de Mercedes rosa ano passado, tamanha a semelhança com o carro do time com o qual a Aston Martin tem extensa parceria, agora é a Mercedes verde, com a adoção da identidade visual da marca britânica. O verde-escuro, inclusive, é a cor tradicional que os carros britânicos tinham nos primórdios da F1. Há alguns toques de rosa, já que a empresa BWT, que era a patrocinadora principal, continua apoiando o time.

Foi Stroll, que é pai do companheiro de Vettel, Lance Stroll, quem falou primeiro no lançamento, dizendo que estava realizando um sonho, e prometendo que ”este é só o começo” para a equipe, que ”tem toda a força de forçar ainda mais forte. Nossas ambições não têm limites. Agora temos tudo bem posicionado, as pessoas e os parceiros, para chegarmos lá.”

O evento online teve, inclusive, um vídeo gravado por Tom Brady, considerado o maior jogador da história do futebol americano e que acabou de vencer seu sétimo Super Bowl, desejando sorte ao time. Devido à ligação da Aston Martin com os filmes de James Bond, o ator Daniel Craig também mandou sua mensagem.

A VOLTA DO ‘VELHO’ VETTEL?

O time apostou na recuperação de Sebastian Vettel, que vem de duas temporadas ruins na Ferrari, e tem os ingredientes de que o alemão precisa para voltar a andar no nível que lhe permitiu vencer quatro campeonatos seguidos entre 2010 e 2013.

A última temporada como Racing Point foi um belo cartão de visitas para mostrar o que o investimento trazido por Lawrence Stroll pode fazer: com o time finalmente tendo dinheiro para investir em uma remodelagem conceitual completa do carro, algo que a chefia técnica sabia que seria muito bem-vindo, uma vez que eles estavam, por anos, tentando seguir conceitos do carro da Red Bull ao mesmo tempo em que compravam a caixa de câmbio da Mercedes, que não era projetada para isso, o RP20 levou ao extremo tanto a parceria entre as duas equipes (com direito ao fato de ser desenvolvido no mesmo túnel de vento da Mercedes), quanto o uso de todas as ferramentas possíveis para copiar o carro.

É claro que os rivais, sabendo que isso seria apenas o começo, chiaram e fizeram da ‘Mercedes rosa’ um dos termos do ano passado. No regulamento, muita coisa foi esclarecida visando o futuro mas, como as regras permanecem bastante estáveis, 2021 será mais um ano em que os dois carros serão muito parecidos.

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