Segundo as estatísticas do Oncoguia, os casos de câncer renal vêm aumentando desde a década de 90 e ele já aparece entre os dez tipos mais comuns da doença. Com incidência maior em homens do que mulheres, a idade média de acometimento é 64 anos, sendo raro o surgimento antes dos 45. O estilo de vida pesa muito no surgimento deste câncer. “Ele está associado a alguns fatores de risco, como a obesidade, a hipertensão e tabagismo. Mais raramente, é vinculado a doenças genéticas, que podem fazer com que os tumores se apresentem de forma precoce”, explica o radiologista intervencionista Rodrigo Gobbo, Diretor Científico da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice).
O diagnóstico precoce, no estágio mais inicial possível da doença, é essencial para tratar o tumor no rim. De acordo com o médico, fatores como o tamanho, localização, grau de invasão dos tumores, bem como, as condições clínicas do paciente são importantes definidores de como agir. “Classificar adequadamente a lesão é muito importante porque as estratégias podem mudar, dependendo da gravidade ou da agressividade das lesões e presença de eventuais metástases”, ressalta o especialista da Sobrice, que destaca também a evolução dos métodos cirúrgicos.
Antes de pensar qual o tratamento e a melhor intervenção, se cirúrgica ou minimamente invasiva por meio de modernas terapias ablativas, como radioablação, crioablação ou microwave, é fundamental pensar nos caminhos para evitar a doença. Para isso, os bons hábitos são essenciais: ficar longe dos cigarros (convencionais e eletrônicos), praticar atividades físicas para regular a pressão arterial e manter uma alimentação saudável, evitando a obesidade, são alguns dos caminhos já conhecidos na prevenção oncológica.
Além dessas estratégias, o consumo de água não fica fora dessa rotina saudável. “Ingestão hídrica adequada é sempre muito importante para o funcionamento dos rins – até para preservar outros problemas, como cálculos renais, quando surgem pequenas pedras que são muito dolorosas e podem trazer risco ao funcionamento do rim”, conclui o radiologista intervencionista.