A crise no Benfica com a quarta colocação no Campeonato Português – a pior campanha desde 2008 – tem gerado dor de cabeça no técnico Jorge Jesus. Nesta quarta-feira, o ex-treinador do Flamengo mostrou uma enorme irritação durante a entrevista coletiva para a partida contra o Arsenal, em Atenas, na Grécia, nesta quinta, pela rodada de volta da segunda fase da Liga Europa. Para ele, a má fase é culpa da pandemia do novo coronavírus.
“Vou sempre assumir a minha responsabilidade, mas esta crise não tem nada a ver comigo e nem com os jogadores. Diziam que não corriam e não suavam, mas como é que eles podiam? Eles estavam com uma doença (covid-19) que não conseguimos controlar. Depois do jogo contra o Porto, tivemos mais 10 infectados, uma equipe técnica vários dias sem dar o treino. Neste momento os jogadores do Benfica precisam de carinho e não de dúvida”, disse Jorge Jesus, deixando claro que não pensa em deixar o clube.
“Não vou sair (do Benfica). Não me sinto responsável (pela fase do time). Nem eu, nem os jogadores, nem o presidente, nem a estrutura. Fomos apanhados. Só eles (jogadores) sabem o que passaram. Uma coisa é ter covid e estar em casa fazendo ‘home office’, outra coisa é ter covid e ir correr”, desabafou o treinador, que contraiu a doença no final do mês passado.
Sobre o duelo contra o Arsenal, Jorge Jesus comentou que tem as melhores expectativas para o jogo na Grécia. Na ida, em Lisboa, na semana passada, houve um empate por 1 a 1.
“As expectativas são as melhores, não só porque confia que tem capacidade para disputar este segundo jogo e garantir a vaga, como há a expectativa de continuar nesta competição. A confiança é total, o respeito pelo adversário também, sabendo o valor desta equipe. Antes do primeiro jogo já acreditávamos que podíamos disputar a eliminatória e é isso que vamos fazer na Grécia, disputar a eliminatória e as expectativas são as melhores, acreditando que podemos passar”, completou.
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