Polícia Civil descobre clínica suspeita de aborto clandestino

Polícia Civil descobre clínica suspeita de aborto clandestino | Foto: Divulgação/ Fonte/foto: Decap - dss (c)

O serviço era vendido pela internet e cobrava R$ 5 mil de pacientes.

A Polícia Civil descobriu, na manhã de sexta-feira (21), uma clínica em São Paulo suspeita de divulgar e oferecer pela internet serviço de aborto clandestino e ilegal para mulheres. Cada paciente pagava R$ 5 mil pelo procedimento realizado na Zona Sul da capital.

Os policiais chegaram à clínica médica após informações privilegiadas recebidas há algumas semanas na delegacia. O serviço de aborto ilegal era publicado nas redes sociais, como Facebook, por exemplo.

No local, que fica na Avenida Santo Amaro, os investigadores encontraram um clínico geral aposentando, de 70 anos, uma enfermeira de 60 anos, e uma paciente de 24 anos.

A paciente contou que tinha pago R$ 5 mil para retirar o bebê que esperava. Ela falou que estava grávida de uma gestação de dez semanas, e que saiu da região de Campinas, no interior, até a capital para fazer o procedimento.

A mulher se submeteu ao aborto realizado pelo médico e pela enfermeira. O feto teria sido jogado no vaso sanitário.

O médico, a enfermeira e a paciente foram presos em flagrante pelo crime de aborto ilegal. Eles foram levados para o 15º Distrito Policial (Decap), no Itaim Bibi.

A pena para quem realiza o aborto ilegal é ser de 1 a 4 anos de detenção. Quem se submete a ele pode receber punição de 1 a 3 anos.

Pelo Código Penal Brasileiro, de 1940, o procedimento é permitido em caso de risco à vida da gestante e gravidez decorrente de estupro. Em 2012, o aborto de feto sem cérebro (anencefalia) também deixou de ser considerado crime. Até então, só era realizado após autorização da Justiça.