SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A universitária Ana Clara Benevides Machado, 23, fã de Taylor Swift que morreu no primeiro show da cantora no Rio, teve, enfim, seu laudo de necrópsia revelado. Segundo o documento obtido pela Folha de S.Paulo, a jovem morreu em decorrência de uma exaustão térmica que comprometeu seus pulmões.
Ana passou mal no dia 17 de novembro, no dia da apresentação de Swift no Estádio Nilton Santos, o Engenhão. Na ocasião, o termômetro marcava perto dos 40ºC. Exposta ao calor difuso, Ana teve uma parada cardiorrespiratória com um quadro de choque cardiovascular e comprometimento grave dos pulmões, o que evoluiu para a sua morte súbita.
O laudo também afirma que a fã teve um rompimento dos vasos sanguíneos que irrigam os pulmões e paralisação de vários órgãos pela exposição ao calor. Ana não havia ingerido álcool nem nenhuma substância tóxica.
“Perdi minha única filha, menina feliz, inteligente. Estava para se formar em psicologia em abril próximo, guardando dinheiro. Não tenho palavras para expressar minha dor. Saiu de casa para realizar um sonho e volta morta”, disse o pai dela à Folha de S.Paulo, Weiny Machado, 53.
Fãs estavam incomodados com o silêncio de Swift diante da morte da fã. Sem assistência, a família de Benevides precisou fazer uma vaquinha para levar seu corpo de volta a Mato Grosso do Sul, onde vivia.
O CEO da T4F, seis dias após a morte da estudante, respondeu a uma série de cobranças e pediu desculpas “a todos que não tiveram a melhor experiência possível” nos shows. Ele lamentou a morte da jovem e expressou condolências à sua família.
De acordo com a 24ª DP (Piedade), os representantes da empresa organizadora do evento serão chamados para prestar esclarecimentos. A investigação está em andamento.
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