Fluminense vence o Ceará, quebra tabu e pressiona por G-4 do Brasileirão

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O Fluminense venceu o Ceará por 3 a 1, nesta segunda-feira (15), e colocou pressão em Atlético-MG e São Paulo na disputa por uma vaga na fase de grupos da Libertadores. De quebra, o clube tricolor quebrou tabu de 15 anos sem vencer o Ceará no Castelão.

Com 60 pontos, o Flu é o quinto colocado do Brasileiro, dois pontos atrás de atleticanos e são-paulinos. A equipe chegou ao sétimo jogo de invencibilidade na competição, enquanto os adversários vivem fases irregulares em 2021.

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O JOGO

Em casa, o Ceará não perdeu tempo e subiu suas linhas desde o apito inicial para pressionar a saída de bola do Fluminense. A ideia da equipe comandada à beira do campo por Daniel Azambuja – já que Guto Ferreira cumpriu suspensão – era recuperar a posse no campo de ataque e aproveitar as transições mais rápidas que o adversário para abrir o placar.

A estratégia quase deu certo por duas vezes. Aos 18, Fernando Sobral parou em Marcos Felipe em chute de fora da área. Nove minutos depois, Yago errou passe e Saulo aproveitou para escapar e achar Vina na área, mas o craque do Ceará mandou para fora.

Mesmo com a pressão do time da casa, o Fluminense fez mais um jogo de organização e equilíbrio. Sem sofrer muito, o clube tricolor reteve a posse de bola na maior parte do primeiro tempo (55%) e tentava escapar pelas laterais, onde Egídio e Calegari faziam bom jogo. Sem muito ímpeto de Lucca e Luiz Henrique, entretanto, o gol saiu em uma infiltração pelo meio.

Com direito a ensaio. Aos 31, Nino deu belo passe para John Kennedy, que ganhou da marcação, foi mais rápido que os zagueiros e invadiu a área sozinho, mas tocou na bola com o pé de apoio e furou o chute. Aos 44, entretanto, na segunda chance que teve, o moleque de Xerém não perdoou: atrasou a passada para escapar do impedimento, correu na diagonal e recebeu de Nenê para chutar cruzado e abrir o placar no Castelão.

Na volta do intervalo, o Ceará voltou disposto a se recuperar no placar. E logo no primeiro lance quase empatou. Aos dois minutos, Wescley, que acabara de entrar, tabelou com Vina e foi à linha de fundo. O cruzamento virou um bate-rebate e Nino salvou em cima da linha. Quatro minutos depois, quase tudo se repetiu: Wescley ganhou de Luccas Claro, invadiu a área e Nino cortou de carrinho.

O Ceará era melhor no jogo quando o Fluminense aumentou a fatura em um lindo gol aos 13. A equipe rodou a bola de pé em pé desde o campo de defesa em 10 passes, da direita para a esquerda. Egídio tabelou com Nenê e recebeu na linha de fundo, de onde cruzou com perfeição para trás, onde Martinelli bater de primeira, de canhota, para aumentar o placar.

O jogo parecia decidido quando o Ceará diminuiu. Aos 32, Calegari derrubou Vina na grande área e Wilton Pereira Sampaio, de frente para o lance e sem ajuda do árbitro de vídeo, assinalou pênalti. O próprio Vina foi para a cobrança e mandou no canto direito de Marcos Felipe para marcar seu 13º gol no Brasileirão – se tornando o maior artilheiro da história do clube na competição. O meia é também o líder de assistências da competição, com nove.

A fábrica de talentos em Xerém parece produzir a todo vapor. Depois do gol de John Kennedy, seu substituto também deixou o dele. O jovem Samuel, de 20 anos, apenas em sua segunda partida, matou o jogo para o clube tricolor. Aos 42, Egídio cobrou falta com perfeição na área e o centroavante desviou de cabeça para bater Richard e fechar o placar no Castelão.

Estádio: Arena Castelão, Fortaleza
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Bruno Raphael Pires (GO)
Árbitro de vídeo: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Cartões Amarelos: Léo Chu (CEA) / Lucca (FLU)
Gols: John Kennedy, aos 44min do 1º tempo; Martinelli, aos 13min do 2º tempo; e Samuel, aos 42min do 2º tempo; (FLU); Vina, aos 32min do 2º tempo (CEA)

CEARÁ
Richard; Eduardo, Tiago (Klaus) Luiz Otávio, Bruno Pacheco; Fabinho, Charles (Wescley), Fernando Sobral (Rick); Vina, Léo Chú (Vitor Jacaré), Saulo Mineiro (Felipe Vizeu). T.: André Luís dos Santos e Daniel Azambuja (membros da comissão técnica substituindo Guto Ferreira e Alexandre Faganello, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo)

FLUMINENSE
Marcos Felipe, Calegari, Nino Luccas Claro e Egídio; Martinelli (André), Yago Felipe e Nenê (Hudson); Luiz Henrique (Fernando Pacheco), Lucca (Michel Araújo) e John Kennedy (Samuel). T.: Marcão

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