Dezembro inicia levantando a bandeira de uma causa muito importante: a luta contra a Aids. Dados do Ministério da Saúde estimam que cerca de 108 mil pessoas, sendo a maioria jovens com idade entre 15 e 24 anos, ainda não têm o diagnóstico e vivem com o vírus HIV em seu corpo sem saber que são portadores.
As ações contra a Infecção por HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) tem um papel essencial para que as pessoas acessem e mantenham contato com os serviços de saúde, realizem exames ou busquem medidas que as impeçam de contrair ou transmitir a doença.
Lorena Galaes, médica e professora docurso de Medicina da Faculdade Pitágoras, destaca que há tratamento eficaz para que as pessoas que contraíram HIV levem uma vida de qualidade. “É importante ressaltar que a condição de viver com o HIV não implica necessariamente no desenvolvimento da Aids. O tratamento não pode ser negligenciado pois é antirretroviral, o que significa que ele impede o processo de replicação viral no organismo humano”, complementa.
Mais de um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil. O tratamento permite que elas tenham aumento da expectativa e a qualidade de vida, garantindo que seu sistema imunológico permaneça em pleno funcionamento. Entretanto, muitas pessoas que contraíram HIV permanecem sem diagnóstico, sem tratamento consistente e, como resultado, a doença avança.
O Ministério da Saúde estima que entre 2011 e 2021, mais de 52 mil jovens de 15 a 24 anos com HIV evoluíram para a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids).
Uma das principais causas de morte entre pessoas com HIV é a tuberculose. Os cuidados desde os primeiros sintomas da doença e o início precoce do tratamento podem melhorar a saúde das pessoas infectadas. Outras coinfecções comuns por HIV incluem hepatite B e C em algumas populações.
A infecção pode resultar em uma série de problemas de saúde, à medida que as pessoas envelhecem; isso inclui doenças cardíacas, câncer e diabetes.